
Schützer Educacional - Pós, Licenciaturas, Extensões, Profissionalizantes
O tempo em que o Rio de Janeiro secou após destruir floresta por café
A densa floresta que hoje serve de moldura para as paisagens paradisíacas do Rio de Janeiro já foi quase careca em algumas partes. No século 19, suas árvores foram derrubadas para dar lugar principalmente a plantações de café, produto cada vez mais lucrativo naquela época. Até hoje quem caminha pela Floresta da Tijuca e Paineiras esbarra em ruínas de construções desse período.
Viajantes estrangeiros que estiveram no Rio naqueles anos escreveram que não raro a fuligem das queimadas na Floresta da Tijuca e matas adjacentes chegava a encobrir o sol do meio dia, dizem pesquisadores.
O desmatamento, somado ao aumento da população, ao clima seco em alguns anos e à falta de infraestrutura no Rio, acabou, por vezes, deixando a capital imperial sem abastecimento de água.
A consequência foi o surgimento de um mercado paralelo de venda de água, a disseminação de doenças e, alguns anos depois, o replantio de mais de 100 mil árvores, no que foi o maior esforço de reflorestamento em floresta tropical do mundo até então.
A iniciativa se deveu também, dizem pesquisadores, a uma cultura intelectual de valorização da preservação da natureza que ganhava força naquela época.
Leia mais: BBC Brasil
Coluna
O carioca parece gostar de ser enganado
—————